9 de abril de 2010

O Despertar (The Awakening)

por Lisa Jane Smith

“Você está se divertindo?” Elena perguntou.

Agora eu estou. Stefan não disse, mas Elena sabia que era isso que ele estava pensando. Ela podia ver no jeito como ele a encarava. Ela nunca esteve tão certa de seu poder. Exceto que na verdade ele não parecia que estava se divertindo; ele parecia abatido, com dor, como se não pudesse suportar nem mais um minuto disso.

A banda estava começando, uma música lenta. Ele ainda estava encarando-a, absorvendo-a. Aqueles olhos verdes se escurecendo, ficando pretos com o desejo. Ela teve a repentina sensação de que ele poderia puxá-la para si e beijá-la duramente, sem ao menos dizer uma palavra.

“Você gostaria de dançar?” ela disse suavemente. Estou brincando com fogo, com algo que não entendo, ela pensou repentinamente. E nesse instante ela percebeu que estava aterrorizada. Seu coração começou a bater violentamente. Era como se aqueles olhos verdes falassem com alguma parte dela que estava enterrada bem abaixo da superfície – e aquela parte estava gritando “perigo” para ela. Algum instinto mais velho que a civilização estava dizendo à ela para correr, para fugir. Ela não se moveu.

Capítulo Um

4 de Setembro

Querido diário,

Algo horrível está para acontecer hoje.

Eu não sei por que escrevi isso. Isto é maluco. Não há razão para eu está me perturbando e há muitas razões para eu está feliz, mas... Mas aqui estou eu ás 5:30 da manhã, desperta e assustada. Eu me mantive falando, apenas isso. Eu estava completamente desorientada devido a diferença de horário entre a França e aqui. Mas isso não explicava o porquê de eu estar tão assustada. Tão perdida. Antes de ontem, enquanto tia Judith, Margaret e eu estávamos voltando do aeroporto, eu senti o tal sentimento estranho. Quando nos dobrávamos na nossa rua, eu imediatamente pensei “Mamãe e papai estão esperando por nos em casa. Eu aposto que eles estão de frente para a varanda, na sala olhando para fora da janela. Eles devem ter sentindo tanto minha falta.”

Eu sei. Isto soa completamente maluco. Mas ainda quando eu vi a casa e a frente da varanda vazia, eu ainda me sentir bem. Corri cansada para porta e bati com o batedor. E quando tia Judith destrancou a porta,eu irrompe para dentro e apenas oscilei no hall escutando, esperando ouvir mamãe descendo as escadas ou papai falando de toca. Então apenas tia Judith deixou a mala com um ruído no chão, na minha frente e suspirou um alto suspiro e disse, “Estamos em casa”. E Margaret riu. E o pior sentimento que eu tive em toda minha vida, veio para mim. Eu nunca tinha me sentido tão absolutamente e completamente perdida.

Casa. Eu estou em casa. Por que isso soa como uma mentira? u nasci aqui em Fell’s Church. Eu sempre vivi nessa casa, sempre. Esse é meu mesmo antigo quarto, com as marcas chamuscadas nas tábuas onde Caroline e eu experimentamos cigarros na 5º serie e quase nos engasgamos. Eu poderia olhar para fora da janela e ver a grande árvore que os meninos subiam para estragar aminha festa do pijama há dois anos atrás. Esta é a minha cama, minha cadeira, meu armário. Bem, mas agora tudo parece estranho para mim. Como se eu não pertencesse à este lugar.

Esta sou eu fora desse lugar. E a pior coisa é que sinto que este é o lugar que eu devo pertencer, mas eu não posso encontrá-lo. Eu estava tão cansada ontem para ir à orientação Meredith melhorou o cronograma para mim, mas eu não me sentir bem falando com ela no telefone. Tia Judith contou para qualquer um que ligasse que eu estava cansada da viagem por causa do fuso horário e estava dormindo, mas ela me observava no jantar com uma cara engraçada.

Eu tenho que ver essa multidão todo dia, pensei. Nós esperávamos nos encontra no terreno do estacionamento antes da escola. É com isso pelo que eu estou assustada? Eu estou assustada com eles? Elena Gilbert parou de escrever. Ela encarou a ultima linha que tinha escrito e então sacudiu a cabeça, ela pousou a caneta sobre o pequeno livro com capa de veludo. Então, com um súbito gesto, ela levantou a cabeça e atirou a caneta e o livro pelo janelão da baia, onde eles pularaminocentemente e cortaram o estofado da poltrona da janela. Isto era tão completamente ridículo.Desde quando ela, Elena Gilbert, tem estado assustada em conhecer pessoas? Desde quando ela tem estado assustada com algo? Ela levantou e irritada impulsionou os braços para dentro do Kimono vermelho de seda.

Ela não deu nem mesmo uma olhadinha no belo espelho vitoriano em cima da cômoda avermelhada; ela sabia o que veria. Elena Gilbert, indiferente, loira e esbelta, a pessoa que dita a moda do último ano do ensino médio, a garota que todo garoto quer e toda garota quer ser. Que agora tinha uma carranca descontente no rosto e um beliscão na boca.

Um banho quente e café e eu irei me acalmar, ela pensou. O ritual matinal de lavar-se e vestir-se estavam calmos, e ela selecionou lentamente toda sua nova coleção de roupas de Paris Ela finalmente escolheu um top rosabebê e uma bermuda de linho branca, com um penteado que a fazia parecer uma framboesa num sundae. Bom o suficiente para comer, ela pensou, o espelho então mostrou uma garota com um sorriso misterioso.

Os seus receios iniciais tinham se dissolvido, esquecidos.

“Elena! Cadê você? Você vai chegar atrasada na escola!” A voz soou perceptivamente do andar de baixo. Elena correu passando a escova mais uma vez no seu sedoso cabelo prendendo-o para trás com uma fita rosa. Então ela pegou sua mochila e desceu as escadas.

Na cozinha, Margaret, 4 anos de idade, estava comendo cereal na mesa da cozinha e Tia Judith estava queimando algo no fogão. Tia Judith era o tipo de mulher que sempre parecia vagamente afobada; Ela tinha um rosto fino e pequeno, com um claro e esvoaçaste cabelo puxado despenteado para trás. Elena beliscou sua bochecha.

“Bom dia, todo mundo. Desculpa, não tenho tempo para o café-damanhã”.

“Mas, Elena, você não pode sair sem comer. Você precisa de proteín...”. “Eu vou pegar um donut antes da escola”. Elena disse rapidamente, ela inclinou-se e beijou a testa de Margaret e virou-se para sair.

“Mas, Elena...”

“E eu provavelmente vou voltar para casa com o Bonnie ou a Meredith, depois da escola. Então não me esperem para o jantar. Tchau!”

“Elena...”

Elena já estava na porta da frente. Ela a fechou atrás de si, cortando os distantes protestos de Tia Judith, deu um passo para a varanda. Parou.

Todos os sentimentos ruins de manhã cedo, voltaram. A ansiedade, o medo e a certeza que algo ruim estava para acontecer.

A Rua Maple estava deserta. As altas casas vitorianas pareciam estranhas e silenciosas. Como se todas elas estivessem, talvez, vazias por dentro, como casas abandonadas de um Set de filmagem. Elas pareciam vazias de pessoas, mas cheias de estranhos sentimentos que a observavam. Que estavam lá. Algo que a observava.

O céu sobre sua cabeça não estava azul, mas sim branco e opaco, como uma gigante bacia que virou e caiu. O ar estava sufocante e Elena tinha certeza que estavam de olhando-a. Ela viu algo escuro na bifurcação da antiga árvore na frente da casa. Uma gralha estava quieta e rodeada por folhas tingidas de amarelo. Ele estava observando-a.

Ela tentou dizer para si mesma que isso era ridículo, mas de alguma forma ela sabia. Esta era a maior gralha que ela já viu; gorda e brilhante, com o arco-íris brilhando por trás de suas penas. Ela poderia vê todos os detalhes claramente: As graciosas garras escuras, o inescrupuloso bico, o único brilhoso olho preto.

Ele estava imóvel, talvez devesse ser um pássaro de cera que fora posto lá.

Mas do modo como ele a encarou, Elena sentiu-se corar e lentamente o calor subindo por sua garganta e bochecha, porque ele estava olhando para ela. Olhou os garotos que passavam e a olhou como quando ela estivesse usando um tailler de banho ou uma blusa transparente. Como se ela a despisse com os olhos. Antes dela perceber o que estava fazendo ela tirou sua mochila e pegou uma pedra, que estava na frente da garagem.

“Saia daqui!”. Ela disse com agitação de raiva na sua voz. “Vá! Vá embora!”. Com a última palavra, ela jogou a pedra.

Houve uma explosão de folhas, mas a gralha saiu ilesa. Abrindo suas enormes asas, que tinham o tamanho de uma raquete, o suficiente para um bando de gralhas. Elena agachou-se der repente, assustada, quando ele bateu as asas diretamente na cabeça dela, o vento das asas balançando seu cabelo loiro. Mas ele investiu para cima de novo, circulando, a silhueta escura contra o céu branco-papel. Então, com um estridente coaxar, ele voou em círculos na direção do caminho das copas das árvores.

Elena endireitou-se lentamente, então olhou ao redor, sem naturalidade. Ela não podia acreditar no que ela tinha feito. Mas agora que a ave se fora, o céu estava normal de novo.

Uma brisa fez as folhas flutuarem e Elena respirou profundamente. No final da rua uma porta abriu-se e várias crianças saíram, rindo. Ela sorriu e respirou novamente, o alivio varreu seus pensamentos como raios de sol. Como ela pode ter sido tão tola? Este era um dia bonito, cheio de promessas e nada ruim estava acontecendo.


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Créditos:

Bruna Gonçalves:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=1592826509918179036

Juliana Dias:

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=2713339427589710285

14 de fevereiro de 2010

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